Clima de deserto no país

Umidade relativa do ar está abaixo dos 20% em muitas cidades, o que pode provocar problemas de saúde se alguns cuidados não forem tomados

Meio Ambiente / 23 de Outubro de 2014 / 0 Comentários

Queimadas nas rodovias, como na BR-381 no início do mês, deixam o ar ainda mais seco e diminuem a visibilidade dos motoristas

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umidade relativa do ar ficou abaixo dos 20% vários dias seguidos na região metropolitana de Belo Ho­rizonte e em várias capitais do país. Com o calor excessivo e pouca chuva, é considerado clima de deserto e deixa em alerta as auto­ridades em saúde e meio ambiente. Nesta época, é comum sentir irritação na garganta, nariz e olhos. O fenômeno chamado inversão térmica favorece a manutenção de poluentes no ar e potencializa os danos. As vias aéreas, portanto, são as mais prejudicadas.

Quem trabalha dirigindo muitas vezes escapa do calor excessivo ligando o ar­-condicionado durante toda a viagem. Mas a prática representa um risco. É que, apesar de o ar-condicionado do carro e do escri­tório deixar o clima mais fresco, o ar fica muito mais seco. O resultado é potenciali­zar as irritações nas vias aéreas e também nos olhos, o que pode ocasionar até con­juntivite alérgica.

Especialistas aconselham que principal­mente o filtro do ar-condicionado do veícu­lo esteja sempre limpo e higienizado, para não piorar os danos à saúde nesse período de tempo quente e seco. O ideal seria in­tercalar um tempo com a janela aberta e mais um período com o ar condicionado. Ou mesmo deixar o ar ligado com a janela aberta, o que deixa o clima mais fresco sem que o ar seco fique concentrado na cabine.

Outras dicas fundamentais para enfren­tar esta época do ano é manter-se sempre hidratado. Tomar bastante água alivia a irritação na garganta. Ainda é preciso la­var sempre as narinas com soro fisiológico. Uma boa saída para quem viaja bastante é acoplar um vaporizador ou umidificador ao sistema de ar-condicionado do veículo. Ele é ideal para enfrentar o clima de deserto. Na hora de dormir, é importante que o apa­relho fique ligado por um tempo, mas não a noite inteira, para não favorecer o cresci­mento de fungos no ambiente. A água do vaporizador deve estar sempre limpa.

Quem pratica atividade física deve fi­car atento. Especialistas recomendam evi­tar os horários mais secos do dia, entre o fim da manhã e o início da tarde. Para o motorista, é importante evitar que os olhos fiquem muito secos, para não atrapalhar na direção. Quando o clima está muito seco, as lágrimas evaporam mais rapidamente, fazendo com que as pessoas tenham irrita­ções nos olhos com mais facilidade. Se usar lentes de contato, então, é fundamental lubrificá-las sempre.

QUEIMADAS

Se estiver na estrada, fique muito aten­to aos trechos onde houver queimadas. O Corpo de Bombeiros tem no caminhoneiro um grande parceiro para denunciar e evitar queimadas florestais e na beira das estra­das. Nesta época, segundo alerta do órgão, a vegetação queima com facilidade, por estar bastante seca. Ao lado dos desmata­mentos, as queimadas são hoje no país os principais problemas ambientais.

Uma dica é, ao trafegar pelas estradas e rodovias, não lançar ponta de cigarro pela janela do veículo, bem como latas de alumí­nio, cacos e garrafas de vidro, que podem se aquecer ao sol e também dar origem a quei­madas. Recentemente, profissionais da estra­da relataram problemas nas BRs 381 e 040, em Minas Gerais. É importante, segundo es­pecialistas, dirigir com cautela, diminuindo a velocidade, uma vez que a fumaça reduz a visibilidade, e não ficar muito tempo exposto a ela, para não irritar as vias aéreas. 

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