Correção obrigatória

Segundo o CBO, nesse grupo inclui pessoas com restrição para dirigir após o pôr do sol e aquelas que têm visão monocular, ou seja, com visão igual ou inferior a 20% em um dos olhos. Em 2014, eram 14,4 milhões de motoristas com essas condições, o que significa um aumento de 77% em dez anos.

Os dados divulgados pelo conselho foram coletados na base de informações da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). Os problemas de visão correspondem hoje a mais de 90% de todas as anotações feitas nas CNHs. Para o CBO, isso mostra a relevância que a saúde ocular tem para a população e, por isso, é importante o acompanhamento.

Alguns fatores podem ter contribuído para o aumento do problema de visão entre motoristas. Entre eles estão o envelhecimento da população e a exposição prolongada a telas de celulares e computadores. Fatores como incidência de doenças crônicas, a exemplo de diabetes, hipertensão e estresse, também podem contribuir. O risco pode ser aumentado quando há alimentação inadequada, sedentarismo e obesidade.

 

Tipos de casos

O mapeamento mostrou que a obrigatoriedade do uso de lentes corretivas foi dada a 25 milhões de motoristas. Sobre a visão monocular, são 351 mil casos no país com CNH. Em terceiro estão os motoristas impedidos de dirigir após o pôr do sol, com 152,1 mil casos. Nesse último caso, são pessoas que têm a chamada cegueira noturna, condição ocular que afeta a retina e pode limitar a capacidade visual do motorista à noite.

Os dados coletados são referentes às renovações de CNH, mas a informação deve ser anotada na carteira caso o motorista tenha problemas de visão já na primeira habilitação. Os exames analisam acuidade visual, campo de visão, capacidade do candidato em enxergar à noite e reagir prontamente ao ofuscamento provocado por faróis e ainda a capacidade de reconhecer luzes e posição no semáforo.

 

Problemas mais comuns

Mesmo com os testes realizados para renovação da habilitação, é importante sempre verificar a saúde ocular fazendo exames oftalmológicos regularmente. 

Segundo informações do Hospital de Olhos de São Paulo, os problemas mais comuns diagnosticados são: a miopia, que é a dificuldade de enxergar de longe; a hipermetropia, que é a dificuldade em enxergar de perto; o astigmatismo, que é a visão embaçada a qualquer distância; a conjuntivite, que é um problema de visão pontual causado por vírus ou bactéria; e a catarata, que é a perda gradual da visão. Todas são reversíveis ou passíveis de correção por lentes. (Com Agência Brasil)