Indicação técnica
Conheça o novo ministro da área de transportes do governo Jair Bolsonaro: Tarcísio Gomes de Freitas é engenheiro, integra a equipe do PPI e já foi diretor-geral do Dnit
A- A A+O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), deve concluir ainda neste mês de dezembro a composição dos ministérios. Enquanto isso, os já escolhidos estão agora definindo nomes para suas secretarias. Tarcísio Gomes de Freitas foi escolhido para atuar como ministro da Infraestrutura a partir de 1º de janeiro de 2019. Ele irá comandar um dos maiores orçamentos – foram cerca de R$ 20 bilhões em 2018, como mostrado na edição passada da revista Entrevias – e será responsável por promover mudanças significativas nos órgãos ligados à área de transporte.
Tarcísio Gomes de Freitas é consultor legislativo da Câmara dos Deputados e tem trajetória profissional extensa no serviço público e na área de infraestrutura. O nome dele para o ministério foi anunciado em 27 de novembro pelo presidente eleito em sua conta no Twitter.
A carreira do novo ministro iniciou-se no Exército. Ele é graduado em ciências militares pela Academia Militar das Agulhas Negras e em engenharia civil pelo Instituto Militar de Engenharia (IME). Tem pós-graduação em gerenciamento de projetos e engenharia de transportes. Logo ao sair da academia, ingressou como engenheiro na Companhia de Engenharia do Brasil, na Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti. Na época, o Brasil participava de uma missão de paz no país, que foi devastado por um terremoto em 2010.
Logo em seguida, foi aprovado no concurso da Controladoria-Geral da União (CGU), hoje Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União. Como auditor federal, exerceu o cargo de analista de finanças e controle na área de auditoria em infraestrutura da CGU e, posteriormente, ocupou o cargo de coordenador-geral de Auditoria da Área de Transportes.
Tarcísio deixou a CGU para ser cedido ao Dnit e passou a ser braço direito do então diretor-geral, Jorge Ernesto Pinto Fraxe, general do Exército e também engenheiro na Academia Militar de Agulhas Negras. Em 2011, o general deixou o cargo, e Tarcísio passou a dirigir o órgão. Naquele momento, o Dnit era alvo de denúncias de escândalos de corrupção, e o nome do novo diretor-geral foi escolhido pela então presidente do Brasil, Dilma Rousseff (PT), para começar no órgão, ao que chamaram de “faxina ética”.
Ele deixou o Dnit em janeiro de 2015, quando ingressou na carreira de consultor legislativo da Câmara dos Deputados. Hoje, é um dos membros da Secretaria Executiva do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), na coordenação de projetos.
Mudança de nome
Atualmente, o Ministério da Infraestrutura é chamado de Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. A pasta continuará abrangendo esses setores – aéreo, terrestre e aquaviário. Ainda não se sabe se haverá fusão dos órgãos vinculados. Estão dentro do ministério a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e a empresa pública Engenharia, Construções e Ferrovias S.A. (Valec).
Em entrevista à Agência Brasil, Tarcísio Freitas disse que a recomendação à frente da pasta é resolver os problemas de logística, entregar projetos, gerar desenvolvimento e emprego. “Vamos caminhar muito em conjunto com aquela pauta que é hoje o PPI e resolver os problemas que são aqueles sabidos da infraestrutura nacional, que acabam onerando nosso produtor”, afirmou.
Ele também defendeu maior fomento às concessões e às parcerias com investidores privados. Ele participou em novembro do lançamento dos editais de leilão de 12 aeroportos, de quatro terminais portuários e da Ferrovia Norte-Sul. Os projetos do PPI, segundo ele, estão garantidos.
Frete mínimo
No mesmo dia, Tarcísio salientou a questão da continuidade da tabela do frete mínimo. “Neste momento, é importante sim”, disse. “É importante fazer com que ele aconteça para a gente poder prestigiar essa categoria, que é tão importante para nós. A gente vai começar a trabalhar outras pautas. A solução definitiva dessa questão vai começar com o crescimento econômico, com a geração de demanda e com o novo reequilíbrio de mercado”, completou. (Com Agência Brasil).
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