Super-rodotrem Na pauta
Governo estuda autorizar, ainda neste ano, a rodagem da combinação de 11 eixos e peso bruto total de 91 toneladas. Setor canavieiro é o maior interessado nesse tipo de veículo.
A- A A+Ministério da Infraestrutura divulgou que vai avaliar, neste ano, um estudo sobre a segurança da combinação de veículo de carga com 11 eixos e peso bruto total combinado de 91 toneladas, chamada de super-rodotrem, e também do quarto eixo em semirreboques. A análise será feita pela coordenação geral de segurança no trânsito e é um tema aguardado pelo setor de transporte.
O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) adiantou que o estudo não é uma garantia de que a matéria será aprovada nem de que os implementos serão autorizados nas rodovias. A avaliação será feita em parceria com o Observatório Nacional de Segurança Viária e transportadores de todo o país.
Segundo o Denatran, atualmente, esses implementos são proibidos, já que não existe uma legislação regulamentando o uso desse tipo de combinação.
Em 2019, foi publicado um ofício do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) orientando os agentes a não aplicarem multas aos caminhões com o quarto eixo direcional. Com o emprego de cavalos-mecânicos 6x4 para tracionar bitrens, o uso do implemento ganhou força, e o Contran viu a necessidade de ter regras próprias sobre o assunto.
Características
O super-rodotrem é muito usado pelo setor canavieiro porque aumenta a eficiência do transporte de cana-de-açúcar. Ele também pode ser empregado em operações florestais no segmento de papel e celulose e, eventualmente, em transferências de cargas de curta distância.
O modelo surgiu em 2016 e chegou a ser regulamentado pelo Contran em 2017. Ele é equipado com oito eixos no implemento, sendo três na primeira carreta, dois no dolly – mecanismo que liga os dois semirreboques do rodotrem – e mais três na segunda carreta. No total, a composição tem 11 eixos com até 30 metros de comprimento e uma altura de 4,4 metros.
No entanto, em setembro de 2018, a circulação foi proibida nas rodovias públicas devido a um processo da Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias. Na época, a entidade argumentou que o super-rodotrem poderia causar danos a estruturas como pontes e viadutos.
O super-rodotrem tem o maior peso bruto e a maior capacidade de carga de todos os conjuntos autorizados atualmente.
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