Atropelamentos aumentam
Número de pedestres gravemente traumatizados aumentou 13% no primeiro semestre deste ano na comparação com 2022
Doze Estados brasileiros registraram aumento no número de pedestres gravemente traumatizados no primeiro semestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado.
Doze Estados brasileiros registraram aumento no número de pedestres gravemente traumatizados no primeiro semestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado. De janeiro a junho de 2023, a alta foi de 13% ante os seis primeiros meses de 2022, conforme apontado por um levantamento da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet). A divulgação ocorreu em razão do Dia do Pedestre (8 de agosto).
Na avaliação da entidade, um problema ainda maior pode estar por trás desse avanço nas internações: a deterioração das condições das vias para quem se desloca a pé no país. “A necessidade de melhorar a segurança no trânsito e proteger os pedestres é urgente, especialmente em regiões que apresentaram aumento significativo de casos, como o Sudeste, o Sul e o Centro-Oeste”, alerta o presidente da Abramet, Antonio Meira.
“A situação está se agravando, e precisamos trabalhar com afinco para proteger os mais vulneráveis no trânsito, os pedestres. É fundamental que melhoremos nossas infraestruturas de trânsito e implementemos políticas efetivas para prevenir acidentes e reduzir esses índices alarmantes”, emenda o dirigente.
Meira chama a atenção ainda para um outro aspecto: o atendimento hospitalar às vítimas de atropelamento é também um problema de saúde pública. “A Abramet apela a um compromisso conjunto dos órgãos de trânsito, governos locais e federais e da sociedade como um todo para lidar com essa situação preocupante. A mobilidade saudável não deve ser uma reflexão tardia, mas uma prioridade”, frisa o presidente.
Recortes
Goiás foi o Estado com o maior avanço nos registros de pedestres gravemente feridos em sinistros de trânsito no primeiro semestre do ano: 1.124 internações a mais do que no mesmo intervalo do ano anterior. Na sequência, aparecem São Paulo, com um acréscimo de 623, e Minas Gerais, com 257.
Em termos proporcionais, a região Sudeste, liderada por São Paulo, com um aumento de 25%, teve o maior número de internações, seguida de perto pelo Centro-Oeste, que registrou um aumento de 18%. Minas e Rio de Janeiro, também na região Sudeste, tiveram aumentos de 12% e 10%, respectivamente, segundo a Abramet.
No Sul do país, o Paraná apresentou 56% de aumento nas internações. Já no Norte, apesar de uma redução geral de 6%, o Amazonas teve uma elevação de 70%.
Movimento
Entre jovens e adultos, a faixa dos 50 aos 59 anos registrou um aumento de 21%. O grupo de 15 a 19 anos e os de 30 a 39 e 40 a 49 anos também tiveram aumentos, respectivamente, de 9,4% e 9,9%. O grupo de 20 a 29 anos teve um modesto aumento de 1,5%.
O levantamento da associação mostrou também que, enquanto os pedestres com menos de 15 anos se vitimaram menos no trânsito, os mais velhos se despontaram negativamente. O aumento nas internações de vítimas com idades entre 60 e 69 anos foi notável: 37,9% de um ano para o outro.
Já entre os idosos da faixa de 70 a 79 anos, o aumento foi de 26,6%, e os de 80 anos ou mais, de 34,2%. “Isso sugere que os idosos estão entre os mais vulneráveis a sinistros de trânsito e que mais atenção deve ser dada à segurança dos pedestres nessa faixa etária”, pondera a Abramet.
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