Aumentam indenizações por invalidez
Motociclistas são maioria dos acidentados que requerem o recurso. Seguradora alerta que não é preciso intermediário para pedir ressarcimento
A- A A+Mais pessoas têm se tornado inválidas após acidentes de trânsito. Isso quer dizer que boa parte deixa de ter uma vida economicamente ativa para tratar lesões permanentes. Segundo dados do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (Seguro DPVAT), no primeiro semestre deste ano, houve aumento de 21% no pagamento de indenizações por invalidez. Foram 259.845 pagamentos em todo o país.
Também foi registrado crescimento de 14% no pagamento total de indenizações, com queda de 13% no número de mortes em relação ao mesmo período de 2013. Segundo o diretor-presidente da Seguradora Líder-DPVAT, Ricardo Xavier, os dados refletem um aumento no número de acidentes no país, principalmente envolvendo as motocicletas. Para ele, o brasileiro está conhecendo seus direitos e recorrendo ao seguro.
As motos continuam liderando as estatísticas e representam 75% do total de indenizações pagas pela seguradora no primeiro semestre deste ano. No trânsito, o transporte corresponde a 27% da frota de veículos do país, segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Já os automóveis, com 60% da frota, corresponderam a 23% dos benefícios pagos.
Segundo dados da seguradora, as vítimas de acidentes são em maioria homens (75%), dos quais 52% são jovens com idade entre 18 e 34 anos. A faixa etária é a que mais registrou mortes e invalidez.
O seguro obrigatório existe no Brasil desde 1974 e, mesmo com tantas melhorias para agilizar os processos, ainda há reclamações sobre demora. No site Reclame Aqui, por exemplo, vários consumidores pedem respostas sobre o prazo para ressarcimento. Recentemente, a Seguradora Líder, responsável pelo serviço, consolidou parceria com os Correios para aumentar o número de postos de atendimento. As indenizações são para os casos de morte, invalidez permanente e reembolso de despesas médicas e hospitalares. Segundo a seguradora, vale para casos de acidente sem apuração de culpa, seja a vítima o passageiro, o motorista ou um pedestre.
Um alerta que a seguradora faz é que não é necessário contratar alguém para intermediar o recebimento do seguro. “É simples e gratuito. Ninguém melhor que o próprio cidadão para preservar seus direitos. Para ter acesso ao benefício, basta apresentar os documentos no ponto de atendimento
escolhido no prazo de três anos a contar da data da ocorrência do acidente”, diz.
O pagamento, segundo garante a seguradora, é feito em até 30 dias após a apresentação dos documentos necessários. O valor é de R$ 13.500 para o caso de morte, até R$ 13.500 para invalidez permanente, de acordo com o grau, e até R$ 2.700 para despesas médicas comprovadas.
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