Cuidado com o mosquito
Brasil retoma ações de mobilização no período de alta transmissão do Aedes aegytpi. Números de dengue, zika e chikungunya são alarmantes.
A- A A+No fim da primavera e início do verão, o Brasil volta a se preocupar com o mosquito Aedes aegyti. A cada ano ele está mais forte e deixando a população sob o risco de contrair mais doenças. Para este verão, a expectativa das autoridades sanitárias do país é que o vírus zika se alastre ainda mais e que o chikungunya também apresente crescimento de infecção. Além dos dois vírus, o mosquito transmite quatro sorotipos de dengue.
Desde o verão de 2015/2016 até agora, Minas Gerais registrou 526.902 casos prováveis de dengue e 247 óbitos. Outras 41 mortes estão em investigação. Em relação à febre chikungunya, são 482 casos prováveis no Estado e mais de 15 mil ocorrências prováveis de infecção por zika vírus. O temor no país quanto ao mosquito intensificou neste ano devido casos crescentes de microcefalia. Em Minas, foram confirmadas 1.065 gestantes com a doença, as quais estão sendo acompanhadas. No Brasil, foram constatados 2.228 casos de microcefalia causada pelo zika vírus.
Segundo o subsecretário de Vigilância e Proteção à Saúde da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, Rodrigo Said, os últimos dados do Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), coletados em outubro e em novembro deste ano, mostram que os principais criadouros do mosquito ainda estão dentro das casas, o que aumenta a necessidade de que cada uma faça sua parte eliminando água parada. “Mais de 70% dos reservatórios predominantes nos municípios que realizaram o LIRAa são compostos por depósitos no nível do solo, como barril, tina tambor, tanque e poço; depósitos móveis, a exemplo de vasos e frascos, pratos, pingadeiras e bebedouros; e depósitos fixos, como tanques, obras e borracharias, calhas e lajes. Diante disso, é fundamental chamar novamente a população para apoiar as ações de combate ao mosquito”, afirmou.
O ideal, segundo Said, é que uma vez por semana as pessoas chequem suas residências. A melhor maneira de evitar dengue, zika e chikungunya ainda é eliminando qualquer foco de água parada onde o mosquito possa se reproduzir. Os sintomas das três doenças são parecidos, mas é necessário que as pessoas fiquem atentas a cada um deles. No caso da dengue, os sintomas mais comuns são febre alta, prostração, dores de cabeça, nos músculos, nas juntas e atrás dos olhos, vermelhidão no corpo e coceira.
Já a febre chikungunya pode ser percebida em sua fase aguda com febre alta, dor muscular intensa e nas articulações, vermelhidão no corpo e conjuntivite.
O zika vírus é facilmente confundido com a dengue, mas tem baixa letalidade. Causa febre baixa, olhos vermelhos sem secreção nem coceira, dores nas articulações, manchas na pele com pontos brancos e vermelhos, dores de cabeça, nos músculos e nas costas. Os sintomas aparecem, em média, quatro dias após a picada, e os sinais costumam durar até sete dias.
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