Desafios da logística brasileira em 2014
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POR Wagner Tadeu Rodrigues*
Como sabemos, 2014 será um ano extremamente curto do ponto de vista comercial, pois há vários eventos no decorrer dele, desde aqueles que acontecem todos os anos, como o carnaval, feriados e dias santos, até os eventos flutuantes, como as eleições e a Copa do Mundo, megaevento esportivo que será realizado em 12 cidades do Brasil.
Nos municípios que sediarão os jogos, como Natal, no Rio Grande do Norte, teremos apenas dois dias úteis entre 12 e 24 de junho. Isso acontecerá porque as cidades-sede poderão decretar feriado em seu território nos dias de jogos. Em consequência, tal diminuição de dias úteis, certamente, trará grandes impactos logísticos.
Consideremos os números. O governo federal estima uma entrada de mais de 600 mil turistas estrangeiros e mais de três milhões de brasileiros viajando pelo país e que, juntos, gastarão mais de 25 bilhões de reais. Imaginem o aumento que teremos no consumo de inúmeras variações de produtos. A pergunta é: estamos preparados para abastecer o Brasil nesse curto espaço de tempo?
"Os aeroportos brasileiros é o calcanhar de aquiles na preparação do país para os eventos esportivos internacionais que sediará. A situação dos terminais é crítica em todas as cidades-sede da Copa."
Além disso, todas as cidades-sede apresentam problemas de mobilidade urbana, com obras bastante atrasadas, de acordo com a Subcomissão Parlamentar Temporária Copa 2014, Olimpíada e Paraolimpíada 2016. Sem contar que as estradas por onde os produtos escoam estão em péssimas condições.
Para superar esses obstáculos, a subcomissão precisará contar com uma organização profissional de logística, avaliando desde o planejamento, passando pela execução e terminando no acompanhamento e controle das tarefas relacionadas ao fluxo de materiais e informações, do fornecedor até o cliente final. Para tal, vão necessitar de ferramentas que os auxiliem nessas tarefas, tais como WMS (Warehouse Management System), TMS (Transport Management System), BI (Business intelligence). Entre os setores que mais deverão ser estimulados, estão: armazenagem, transportes, construção civil, turismo e hospedagem, confecções e bebidas.
Realmente os desafios são gigantescos, e os problemas, maiores ainda, mas vamos torcer para que consigamos superá-los, pois os profissionais brasileiros são muito hábeis nesse sentido e têm feito isso há décadas. E, por falar em profissionais hábeis, vamos torcer também para nossa seleção ganhar a Copa, pois, nesse quesito, não há falta de habilidade em campo.
*Wagner Tadeu Rodrigues é presidente da Store Automação, fornecedora de softwares orientados à logística com produtos consolidados e reconhecidos, que primam pela eficácia de toda a cadeia de distribuição.
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