Dieta HCG: mitos e verdades

Artigo / 05 de Outubro de 2016 / 0 Comentários
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A obesidade é uma doença crônica mundial, e seu controle é um dos grandes desafios da saúde pública e da medicina atual. Reconhecer que a obesidade não depende somente de dieta e de atividade física, já que os fatores causais são amplos e complexos, é a chave do sucesso no tratamento dessa doença.

Frente a recursos tão restritos para a condução da perda de peso, o hormônio HCG (Gonadotrofina Coriônica Humana) como ferramenta no combate à obesidade tem sido cada vez mais reconhecido nas principais clínicas médicas.

O uso do HCG para o tratamento da obesidade foi introduzido pelo doutor Albert Simeons, que observou que pacientes com distúrbios urológicos tratados com HCG tiveram uma melhora considerável do contorno do corpo e redução da gordura corporal. De 1950 a 1970, doutor Simeons desenvolveu o Protocolo HCG, e seus estudos ficaram registrados no livro “Pounds & Inches” (em português, “Pesos & Medidas”).

A dieta HCG surgiu então como uma ponte entre a obesidade e o emagrecimento para aqueles pacientes que não têm indicação ou não estão dispostos a se submeterem à cirurgia bariátrica e já tentaram dietas, exercícios físicos e o uso de medicamentos tradicionais, todos sem sucesso. O HCG é recomendado como coadjuvante no tratamento contra a obesidade, aliado a uma dieta de baixa caloria, por um período que não pode exceder 40 dias. Esse hormônio envia ao cérebro uma mensagem (semelhante à que é ativada nos três primeiros meses de gestação) para o organismo começar a poupar proteínas estruturais e músculos, garantindo que o aporte necessário de energia seja obtido pelo recrutamento e pela queima de gordura visceral.

O hormônio HCG emagrece.

Mito! O uso isolado do hormônio HCG não emagrece. O que emagrece é o Protocolo HCG, por meio do qual se utiliza o hormônio associado a uma dieta restritiva de 500 calorias por um período mínimo de 20 dias e máximo de 40 dias.

Uma dieta de 500 calorias emagreceria qualquer um, mesmo sem o uso do hormônio HCG.

Verdade! Uma dieta de 500 calorias está abaixo da Taxa Metabólica Basal (TMB). Logo, tem efeito emagrecedor independente do uso do hormônio. Mas aí é que se encontra o x da questão: o HCG é capaz de modular a perda de gordura e a fome, itens essenciais no emagrecimento saudável.

Entenda:

É praticamente impossível fazer uma dieta tão restritiva sem a ajuda do hormônio devido aos efeitos colaterais: fome, fraqueza, letargia, dificuldade de concentração, entre outros. Mas, com a utilização do HCG, é possível modular essa fome, pois a energia necessária para complementar a dieta de 500 calorias é retirada da reserva do organismo (gordura). Assim, o individuo sente vontade de comer (apetite), mas consegue finalizar todo o protocolo sem fome, com disposição para manter inalterada sua rotina de trabalho, sem prejuízos para a concentração, a memória e o rendimento.

Emagrecimento saudável não é uma questão de perder peso na balança, é mudar a composição corporal, estimulando a manutenção da massa magra (músculos) e a perda da gordura corporal. A função do hormônio HCG é exatamente esta: modular o emagrecimento. Sem o hormônio, uma dieta tão restritiva resultaria em perda de proteínas essenciais ao organismo. Com o hormônio, o indivíduo perde exatamente a gordura inflamatória, a mais maléfica à saúde e a mais difícil de ser eliminada.

A dieta HCG realiza uma mudança de hábito de vida e a reeducação alimentar.

Mito! A dieta HCG serve apenas como um gatilho inicial no processo de emagrecimento saudável. Ela leva a uma mudança rápida e com resultados muito satisfatórios, os quais despertam no paciente uma vontade de seguir adiante uma real mudança em seus hábitos de vida, com a adoção de uma alimentação equilibrada e da prática de atividades físicas, e com uma vantagem extra: após o Protocolo HCG, o metabolismo do organismo responde de uma forma muito mais eficaz aos protocolos de manutenção do emagrecimento, favorecendo a perda de gordura corporal contínua e duradoura.

Existem contraindicações para essa dieta?

Sim! Antes de ser indicado o Protocolo HCG, são necessários exame clínico completo e uma extensa revisão laboratorial. A prescrição dessa dieta é restrita a médicos treinados, capazes de identificar critérios de inclusão e exclusão, qualificados para lidar com os protocolos e possíveis efeitos colaterais.

Por fim, o principal mecanismo de ação do HCG, quando associado à dieta hipocalórica, é promover a queima de gordura branca altamente inflamatória, mantendo a massa magra como peça auxiliar à manutenção da saúde durante o processo da perda de peso. Esse protocolo inclui um programa de modificação do comportamento e de aspectos farmacológicos e dietéticos. Quando ele é corretamente aplicado, o resultado é uma perda de peso rápida e efetiva, com a melhora do contorno corporal. A dieta HCG não cura e não erradica a obesidade, mas a perda de peso acontece de maneira rápida, confortável e cômoda para o paciente, tornando a manutenção um processo mais fácil de ser seguido.

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