Educação no trânsito não pode faltar
Contran define tema para as campanhas educativas que vão circular em 2023. Mais de 40 mil pessoas morrem todos os anos no trânsito brasileiro.
A- A A+“No trânsito, escolha a vida”. Esse foi o tema escolhido para as campanhas educativas que vão circular de janeiro a dezembro de 2023 em todo o país e dará o norte para o Movimento Maio Amarelo e a Semana Nacional de Trânsito. A definição foi publicada em resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) no “Diário Oficial da União” em outubro.
A mensagem deve ser trabalhada por órgãos de trânsito de todo o país, sociedade civil e indústria automobilística, divulgando em meios de comunicação.
A resolução também estabelece temas e cronogramas para as campanhas educativas de trânsito que serão desenvolvidas no próximo ano. O conteúdo a ser veiculado em meios de comunicação, peças publicitárias e outros deve obrigatoriamente conter essa mensagem.
Segundo o secretário Nacional de Trânsito, Frederico Carneiro, a proposta é mostrar à sociedade a importância da adoção de boas práticas no trânsito, visando à preservação da vida humana. “Essa responsabilidade é compartilhada com todos os órgãos que compõem o Sistema Nacional de Trânsito, todos os atores envolvidos no processo e também toda a população brasileira”, afirmou Carneiro.
O Contran defende que as campanhas educativas voltadas para o trânsito são um importante instrumento de comunicação, informação e educação à medida que ajudam na indução de comportamentos por meio de mensagens que podem ser facilmente compreendidas e realizadas. “Auxilia no cumprimento da legislação de trânsito e promove comportamentos éticos, de cidadania e mobilidade segura voltados ao bem comum”, descreve o Contran em sua página na internet.
“É importante frisar que essas campanhas são de caráter permanente, e os serviços de rádio e imagens explorados pelo poder público são obrigados a difundi-las gratuitamente, com a frequência recomendada pelos órgãos competentes do Sistema Nacional de Trânsito”, disse o conselho.
CONSCIENTIZAÇÃO
Uma data importante do calendário anual de ações é a Semana Nacional de Trânsito, comemorada no fim de setembro. Várias entidades se unem para potencializar as campanhas e movimentar ruas e estradas com mensagens sobre segurança no trânsito.
A semana foi instituída pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB) em 1997 e tem o objetivo de promover a conscientização de condutores, passageiros, ciclistas e pedestres para um trânsito mais seguro. É o momento do ano em que todos os integrantes do Sistema Nacional de Trânsito promovem ações de educação.
Mas, antes de a semana acontecer, em setembro, todos os anos o mês de maio é marcado por uma grande mobilização nacional promovida pelo Movimento Maio Amarelo. Criado pelo Observatório Nacional de Segurança Viária, o Maio Amarelo surgiu em 2014 para fomentar a participação da população, das empresas, dos governos e das entidades no desenvolvimento de ações para melhorar a segurança nas ruas e nas estradas.
O nome Maio Amarelo faz referência ao mês em que a Organização das Nações Unidas (ONU) definiu a primeira década de ação para segurança no trânsito, em 2011, e chama para a cor amarela, que requer atenção no trânsito.
ESTATÍSTICAS
Todas as campanhas têm juntas o objetivo de reduzir o número de acidentes e mortes no trânsito brasileiro. A cada ano, mais de 1 milhão de pessoas morrem pelo mundo em acidentes de trânsito. O Brasil ocupa o quarto lugar no ranking mundial de mortes nessas circunstâncias, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Em média, morrem 40 mil pessoas por ano no Brasil em acidentes automobilísticos. As principais vítimas são jovens entre 15 e 29 anos.
Somente nas estradas, ocorreram mais de 63 mil acidentes em 2021, segundo informações do Anuário 2021 da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Mais de 5.000 pessoas morreram nessas colisões.
Dados do Observatório Nacional de Segurança Viária mostram que o tratamento aos feridos nesses acidentes também tem um custo. As internações hospitalares ocasionadas por acidentes geram, em média, um valor anual de R$ 52 bilhões ao Sistema Único de Saúde (SUS). (Com Agência Brasil)
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