Empregos em alta
De janeiro a julho, foram gerados 18.420 postos a mais do que nos primeiros seis meses do ano passado
A- A A+O primeiro semestre deste ano foi positivo para a geração de empregos no transporte. No período, foram efetivadas 56.561 contratações, 18.420 a mais do que nos seis primeiros meses do ano passado, conforme mostrado pelo Radar CNT do Transporte – Caged junho de 2022, lançado no início de agosto, pela Confederação Nacional do Transporte, a partir do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) do Ministério do Trabalho.
Segundo a CNT, esse saldo “indica a importância da recuperação dos efeitos deletérios causados pela pandemia da Covid-19”.
Mas, apesar dos bons resultados gerais, a análise individual do transporte rodoviário de cargas (TRC) não revelou o mesmo desempenho. O segmento gerou menos vagas tanto em junho (8.675) quanto no acumulado do semestre (42.956) na comparação com os mesmos intervalos de 2021 (9.235 e 61.135, respectivamente).
No recorte por Estados, São Paulo foi o responsável pela geração dos melhores índices: em junho, foram criados 4.041 postos de trabalho e, no semestre, 25.432. O modal rodoviário de cargas puxou os indicadores para cima, com 18.594 vagas, seguido pelo de passageiros urbanos (2.841) e pelo aéreo de passageiros (1.000).
Cenário econômico
Outra abordagem do Radar CNT do Transporte, o da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) e IBC-Br – Junho/2022, lançada em 17 de agosto, mostra que o setor de serviços – do qual o TRC faz parte – avançou 0,70% em junho no confronto com maio. Considerando o transporte isoladamente, o crescimento foi de 0,60%.
O segmento também registrou um salto de 13,9% entre janeiro e junho últimos em relação ao primeiro semestre de 2021. De acordo com a PMS, o transporte terrestre (rodoviário e ferroviário) foi o que se saiu melhor, com um aumento de 2,40% no volume de serviços, enquanto o aéreo e a armazenagem recuaram 9,90% e 2,40% – a queda do indicador do modal está relacionada ao aumento dos preços das passagens nos últimos meses, segundo a CNT.
Diante desses resultados, a expectativa da confederação é a de que, até o fim deste ano, o cenário econômico brasileiro traga mais números positivos. “Tal perspectiva tem como base medidas implementadas pelo governo federal, em especial as desonerações sobre os combustíveis e a energia. Caso não ocorram alterações, é esperada uma melhora nos custos de produção, bem como nos de transporte, o que deverá se refletir em melhora da atividade econômica”, adianta a instituição.
A CNT destaca ainda as projeções do Banco Central de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB), que têm melhorado a cada edição do Relatório Focus. Na última delas, publicada em 15 de agosto, estimava-se um avanço de 2% no PIB e uma inflação de 7,02%, sendo puxada para baixo também em função da redução de custos de combustíveis e energia até o fim do ano. (Com a Agência CNT Transporte Atual)
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