Equidade 
no setor

Movimento Vez&Voz apresenta Índice da Equidade no TRC, que revela que transportadoras caminham a passos largos rumo à diversidade

Mercado / 05 de Junho de 2023 / 0 Comentários

O setor de transporte rodoviário de cargas é, tradicionalmente, masculino. Contudo, os últimos anos mostram forte participação das mulheres, e, com o objetivo de mensurar essa diversidade, o Movimento Vez&Voz criou, no ano passado, um índice para medir a

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O setor de transporte rodoviário de cargas é, tradicionalmente, masculino. Contudo, os últimos anos mostram forte participação das mulheres, e, com o objetivo de mensurar essa diversidade, o Movimento Vez&Voz criou, no ano passado, um índice para medir a equidade nas empresas. O movimento busca sensibilizar empresas em relação à equidade de gênero e garantir mais espaço para a contratação de mulheres, principalmente em posições de liderança e operacionais, níveis em que elas estão menos presentes. 

Os dados coletados mostram que, em uma escala de 1 até 100, o Índice de Equidade do Transporte está em 37, revelando que o setor precisa melhorar em alguns aspectos, como os de políticas de combate ao assédio, da diversidade, em programas de benefícios, além de dar oportunidade para as mulheres em cargos de alta posição.

Vanessa Borges é gestora administrativa da Federação das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais (Fetcemg) e integra o movimento junto às suas colegas Helena Costa, gerente de comunicação, e Isabella Antunes, assessora de comunicação da federação.

Segundo Vanessa Borges, a criação do índice é fruto de um trabalho que se iniciou em abril de 2022, a partir de um movimento do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de São Paulo e Região (Setcesp). Juntamente com o Instituto Paulista do Transporte de Carga (IPTC), empresas e entidades do movimento, segundo ela, tenta buscar formas de mensurar a presença feminina e as políticas das empresas para atração e retenção de mulheres no setor de transporte rodoviário de cargas.

“Logo que o grupo foi criado, a Fetcemg e o Sindicato das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais (Setcemg), que estão entre as entidades apoiadoras do movimento, prontamente se dispuseram a participar. A partir daí, uma grande pesquisa foi feita no setor para que o movimento obtivesse um melhor recorte da presença feminina no setor”, afirmou. O período de coleta foi de 13 de setembro de 2022 a 24 de fevereiro deste ano, e as empresas que participaram representam um total de 47.664 colaboradores.

Vanessa Borges explica que, na primeira seção, foram avaliadas as políticas, os benefícios e os programas internos que contribuem para um ambiente de trabalho inclusivo. Foram levadas em consideração funções e nível hierárquico, aspectos de retenção e recrutamento e de treinamento e capacitação.



Na segunda seção da pesquisa, foi medido o compromisso das empresas em atrair, reter e desenvolver carreiras de mulheres nos diversos níveis e setores. Aspectos como políticas de diversidade, antiassédio e violência doméstica, bem como os programas de inclusão e benefícios, foram analisados.

“O transporte ainda é um setor muito masculino, mas estamos caminhando a passos largos para mudar esse cenário. Digo a passos largos, pois, com esse tema tão em alta na sociedade, percebemos que o segmento de transporte ainda é um dos poucos que estão se mobilizando, criando movimentos como o Vez&Voz e debatendo constantemente a importância da equidade de gênero e da inclusão. Um recorte mostra que 90% das empresas que responderam à pesquisa afirmam que as contratações são feitas sem que o gênero influencie na escolha, o que é muito bom”, explicou a gestora.

“As instituições e as empresas que investem em diversidade têm mais chances de obter resultados positivos. Investir na igualdade de gênero traz benefícios como o aumento da diversidade de ideias e perspectivas, a melhoria do clima organizacional - os colaboradores se mostram mais dispostos, e o senso de ‘pertencimento’ cresce -, a atração de talentos qualificados e o fortalecimento da imagem da empresa perante a sociedade. A diversidade é, portanto, um fator estratégico e um grande diferencial no mercado”, finalizou.

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