Força nas estradas
Grupo Transportando Ideias (GTI) reúne mais de 2.400 empresários do Transporte Rodoviário de Cargas (TRC) e se consolida como o maior fórum permanente do setor na América Latina
A- A A+No começo, há cerca de cinco anos, o Grupo Transportando Ideias (GTI), reunindo 32 empresários do Transporte Rodoviário de Cargas (TRC) do Brasil, foi criado para resolver um problema pontual com um embarcador. Hoje, eles são mais de 2.400, e a estimativa é que passem de 3.500 até o fim deste ano, de acordo com o coordenador da iniciativa, o diretor-presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Mato Grosso do Sul (Setlog-MS), Cláudio Antônio Cavol. A expressividade do grupo e a adesão maciça de representantes do setor tornaram o GTI o maior fórum permanente de TRC da América Latina.
Em fevereiro último, em Rio Quente (GO), os empresários decidiram criar de uma frente parlamentar para apresentar reivindicações do segmento no Congresso Nacional, contando com o suporte de deputados que apoiam as demandas do TRC. Hoje, a principal pauta do GTI é a manutenção do diálogo com o governo federal, sobretudo no que diz respeito aos efeitos nocivos das crises econômica e política na gestão dos negócios.
“Não vemos como crescer se não houver mais organização e um ambiente menos hostil. Estamos desempregando e parando de gerar riqueza. O Brasil não vai aguentar isso por muito mais tempo, porque, na verdade, o país ainda não saiu da linha de subdesenvolvimento”, afirma Cavol.
Em abril, cerca de 150 integrantes do GTI – representando todas as regiões brasileiras – estiveram em Brasília para consolidar a iniciativa junto a, aproximadamente, 150 deputados federais e senadores. A visita à capital federal contou ainda com uma reunião com o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, e com o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Ives Gandra.
“A questão não é somente nosso setor. Estamos muito preocupados com o caminho do Brasil, com essa avalanche de denúncias, de notícias sobre corrupção que estamos vendo acontecer no país. O empresariado e os homens de bem têm a obrigação de estar mais presentes em Brasília”, diz o coordenador do GTI.
Representatividade
Essa não foi a primeira vez que o grupo esteve no Distrito Federal para tratar de assuntos relacionados às leis trabalhistas. Em novembro do ano passado, o diretor-presidente do Setlog-MS se encontrou com Gandra para apresentar as principais demandas da categoria para uma modernização da consolidação das leis do trabalho.
Na ocasião, também estiveram presentes representantes da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), da Federação Interestadual das Empresas de Transporte de Cargas (Fenatac), da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), da Concórdia Logística S.A. (Conlog) e da Federação das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais (Fetcemg).
Na reunião, Cavol entregou ao ministro do TST um dossiê com a compilação de sentenças de ações trabalhistas contra empresas de TRC em que foram observadas discrepâncias nas decisões, uma das principais queixas dos empresários do setor.
“Empresas não conseguem mais sobreviver com altas condenações da Justiça do Trabalho. Queremos que o governo federal aja com mais firmeza na reforma trabalhista. Da maneira como está, não estamos sobrevivendo, não conseguimos mais investir, e isso só poderá resultar em mais desempregos e quebra-quebra”, avalia Cavol.
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