Há vagas

Empresas do transporte rodoviário de cargas estão em busca de motoristas, mas, segundo pesquisa, está difícil encontrar profissionais

Economia / 14 de Julho de 2022 / 0 Comentários
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A taxa de desemprego no Brasil passa de 11%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Alguns setores, porém, como o transporte rodoviário de cargas (TRC), estão à procura de novos profissionais. A Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou neste ano um levantamento que mostra que 45% das empresas do segmento têm vagas disponíveis para motoristas.

A pesquisa CNT Perfil Empresarial revelou que a maior parte dessas empresas (60,4%) é de grande porte, ou seja, possui mais de cem funcionários, e está concentrada em Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais. Os três Estados respondem por mais da metade das ofertas de emprego. Também há oportunidades no Paraná e no Rio Grande do Sul, segundo a pesquisa da CNT.

O m

aior desafio tem sido encontrar motoristas, segundo 65,1% das empresas que participaram da entrevista. Mas faltam também mecânicos e gestores operacionais. Ter pouco tempo de experiência no TRC é um fator que dificulta a recolocação para 46% dos empresários. Outra dificuldade é contratar pessoas com treinamento e qualificação.

Mais de 63% das empresas pesquisadas oferecem benefícios como planos de saúde e odontológico aos trabalhadores.

 

Estatísticas

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência, mostra que o setor de transportes criou 21.523 novos postos de trabalho formal no primeiro trimestre de 2022. Foram 213.060 admissões e 191.537 

desligamentos no período.

O resultado, segundo o Painel CNT do Emprego no Transporte, aponta uma progressiva recuperação da geração de empregos no setor. No primeiro trimestre de 2020, foram apenas 3.375 vagas geradas e, em 2021, quase 20 mil.

De forma específica, o transporte rodoviário de cargas se destacou com a criação de 14.290 postos de trabalho.

 

Tendência mundial

Em uma edição publicada no ano passado, a Entrevias mostrou que a falta de profissionais, especialmente motoristas, tem sido um problema mundial. Empresas da Europa e dos Estados Unidos vêm aumentando os salários, mas, mesmo assim, sofrem com a escassez de profissionais. No país norte-americano, por exemplo, as transportadoras começaram a buscar motoristas de outras localidades para suprirem a demanda de caminhoneiros.

 

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