Homens são mais vítimas de acidentes
Faixa predominante é de 36 a 50 anos, aponta levantamento feito pelo Instituto Paulista do Transporte de Carga
Homens com idades entre 36 e 50 anos são as vítimas mais frequentes dos acidentes de trânsito registrados no país. A conclusão é de um levantamento feito pelo Instituto Paulista do Transporte de Carga (IPTC).
Homens com idades entre 36 e 50 anos são as vítimas mais frequentes dos acidentes de trânsito registrados no país. A conclusão é de um levantamento feito pelo Instituto Paulista do Transporte de Carga (IPTC). Segundo a entidade, esse grupo representa 90,2% do total de envolvidos em sinistros. Já as mulheres aparecem em 6,2% das ocorrências, enquanto em 3,8% dos registros o gênero não foi informado ou foi ignorado, segundo o relatório do IPTC. Considerando apenas a faixa etária (independentemente do gênero), pessoas entre 21 e 35 anos respondem por 25,8% dos casos.
A presença predominante dos homens no setor é a justificativa apontada para essa disparidade nas estatísticas. Além de serem a maioria, eles apresentam um comportamento mais imprudente ao volante, conforme foi apontado pelo estudo. “Esses dados nos alertam para a necessidade de se adotarem medidas efetivas visando à prevenção de acidentes e à proteção de todos os envolvidos nesse setor vital para a economia. É imprescindível promover a conscientização sobre os riscos e implementar medidas de segurança que garantam vias mais seguras para o transporte de cargas”, alega a entidade.
Na avaliação do analista de dados do IPTC, Ricardo Henrique, as principais causas dos acidentes ocorridos no transporte rodoviário de cargas (TRC) são a reação tardia, a imprudência e a baixa qualificação dos motoristas, problemas mecânicos dos veículos, condições climáticas adversas e as infrações. De acordo com o profissional, a redução do número de ocorrências passa, sobretudo, pela prevenção.
“As empresas do segmento têm trabalhado para reduzir esses índices por meio de várias iniciativas, incluindo investimentos em treinamento contínuo para os motoristas, abordando temas como direção defensiva, segurança no trânsito, prevenção de acidentes, manutenção preventiva e regular dos veículos e tecnologia de segurança, como sistema de frenagem de emergência, controle de estabilidade e assistência à condução”, elenca o analista.
A boa notícia trazida pelo relatório é que, ao contrário do que o senso comum tende a concluir, os acidentes fatais representam somente 4% da soma. Entre os envolvidos, 61,8% saem ilesos, e 21,5% sofrem lesões sem gravidade.
Cenário
As análises feitas pelo IPTC mostram que a maioria dos sinistros acontece nas BRs 101 e 116, já conhecidas pelas deficiências na infraestrutura e pelo alto índice de periculosidade. “É importante que o poder público possa estar alinhado com o setor a fim de obter uma melhor gestão, uma vez que o transporte de cargas movimenta mais de 65% das mercadorias produzidas no país. O poder público pode agir em diferentes frentes para melhorar a logística e a segurança dos motoristas do TRC atuando na fiscalização, na melhoria da infraestrutura, em campanhas educativas e nos incentivos à segurança”, pontua Henrique.
“A cultura de segurança no transporte rodoviário de cargas deve ser fortalecida para que os motoristas e as empresas estejam comprometidos em seguir práticas seguras e responsáveis no trânsito. Além disso, é fundamental uma colaboração entre todos os envolvidos para promover um fluxo mais seguro e consciente”, completa o analista.
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