Neblina na pista
Época é de formação de nuvens bem próximas ao solo, exigindo cuidado redobrado dos motoristas que trafegam, sobretudo, pelas regiões Sul e Sudeste do Brasil
A- A A+Quem trafega pelas rodovias do país nesta época do ano, especialmente nas regiões Sul e Sudeste, se depara com trechos com muita neblina. O fenômeno é bonito de se ver, mas reduz consideravelmente a visibilidade do motorista e demanda muito cuidado.
A neblina é um fenômeno que está ligado à umidade do ar e às baixas temperaturas. Ou seja, trata-se da formação de nuvens perto do solo. Segundo informações do portal Mundo Educação, ela é causada pela condensação da umidade presente no ar em forma de vapor. A neblina prejudica a visão horizontal em um espaço de até mil metros. Já a névoa, que também ocorre nas estradas, é mais fraca, mas atrapalha a visibilidade por uma distância maior.
Os períodos da madrugada e do início da manhã são os mais propícios à formação de neblina. Isso porque as temperaturas são mais baixas, e a água que evapora se condensa, formando a fumaça. Outro fator importante é que ela acontece mais em áreas de serras e montanhas, mas também pode ocorrer nas proximidades de lagos, rios e lagoas, segundo informações do portal.
O problema é que qualquer fator que restringe a visão nas rodovias aumenta o risco de acidentes. Além de reduzir a velocidade, é importante que o veículo esteja com a iluminação obrigatória em dia.
Regras
Desde 2016, acender os faróis era obrigatório nas estradas, independentemente do horário. No entanto, desde 2021, mudanças no Código de Trânsito Brasileiro limitaram a obrigatoriedade às rodovias não duplicadas ou às condições climáticas não favoráveis, como neblina, chuva e cerração.
É importante lembrar que quem desobedece à norma comete uma infração média, que resulta em quatro pontos na carteira e em uma multa de pouco mais de R$ 130. Em um cenário de neblina, a preferência deve ser pelo farol auxiliar próprio caso o caminhão tenha esse equipamento.
O farol alto não é indicado porque não é eficiente para aumentar a visibilidade. Pelo contrário, ele pode até prejudicar a visão de outros motoristas e causar acidentes. Esse tipo de iluminação não consegue atravessar a barreira da fumaça, formando apenas um clarão. Os outros faróis – baixo ou de neblina – conseguem alcançar o solo e iluminar o caminho que o motorista vai percorrer.
Além da iluminação, o Sindicato dos Centros de Formação de Condutores do Estado do Rio Grande do Sul (SindiCFC) orienta os motoristas a diminuírem a velocidade e também a aumentarem a distância em relação ao veículo que está à frente.
Nessa situação, o motorista deve se guiar pelas faixas da pista e nunca fazer ultrapassagens em trechos com neblina. Outras orientações são jamais parar no acostamento, e sempre preferir um local seguro, como um posto de combustíveis. Vale lembrar que todos os motoristas ao redor também estão tendo dificuldade para enxergar a estrada. Por isso, praticar a direção defensiva é fundamental.
Usar o pisca-alerta – assim como o farol alto – não é recomendado. O sinal pode confundir os outros condutores. Segundo o SindiCFC, também é importante adotar medidas de segurança dentro do veículo, como ligar o sistema de ventilação, usar os limpadores de para-brisa e abrir os vidros quando possível.
Como será o inverno
O inverno no Brasil começa em 21 de junho e segue até 22 de setembro. A estação, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), será marcada por períodos chuvosos no Norte, no leste do Nordeste e em parte do Sul do país.
Outra característica será a incursão de massas de ar frio que vão provocar quedas acentuadas de temperatura, resultando na formação de geadas no Sul, no Sudeste e no Mato Grosso do Sul; neve nas áreas serranas e planaltos da região Sul; e episódios de friagem nos Estados do Mato Grosso, Rondônia, Acre e no sul do Amazonas.
Segundo o Inmet, as inversões térmicas no período da manhã vão proporcionar muitos episódios de nevoeiros e neblinas úmidas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, com impacto direto na visibilidade, principalmente nas estradas e nos aeroportos.
Outro fator característico desta época, conforme o instituto, é a redução das chuvas em grande parte do país, e, consequentemente, a diminuição da umidade relativa do ar. O cenário é de possibilidades de queimadas e incêndios florestais, que também prejudicam a visibilidade e o tráfego nas estradas brasileiras. (Com a Agência Brasil)
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