Regular. Esse é o estado geral da maior parte (40,4%) das rodovias brasileiras, segundo a Pesquisa CNT de Rodovias 2024 mais recente, publicada em 19 de novembro. O estudo sobre a infraestrutura rodoviária no país mostrou que houve uma pequena melhora na qualidade geral, “demonstrando que o aumento de investimentos começa a apresentar resultados, quebrando, assim, a inflexão da curva”, de acordo com a Confederação Nacional do Transporte (CNT).
As outras classificações das rodovias foram, no geral, ótimo (7,5%); bom (25,5%); ruim (20,8%) e péssimo (5,8%). O levantamento avaliou 111.853 km de vias pavimentadas, o correspondente a 67.835 km da malha federal (BRs) e a 44.018 km dos principais trechos estaduais.
Para chegar ao resultado, a pesquisa considera três parâmetros: o pavimento, a sinalização e a geometria da via. São levadas em conta também variáveis como condições do pavimento, das placas, do acostamento, das curvas e das pontes.
As rodovias públicas, que correspondem a 74,8% da extensão avaliada, foram classificadas como regular (43,7%) ou ruim (25,9%), em sua maioria. Por outro lado, 63,1% das rodovias concedidas à iniciativa privada foram predominantemente classificadas como boas (41,7%) ou regulares (30,8%).
“A melhoria da infraestrutura de transporte é um processo de longo prazo, que exige constância e comprometimento. Investimentos contínuos são fundamentais para garantir o avanço gradual e sustentável das nossas rodovias. A CNT reafirma a importância de manter e intensificar esses esforços, pois só assim será possível assegurar um deslocamento mais eficiente, promovendo o desenvolvimento socioeconômico do país e atendendo às necessidades de uma sociedade que aspira a uma infraestrutura de qualidade”, afirmou o presidente da confederação, Vander Costa.
Pontos críticos
A pesquisa também faz um levantamento de pontos críticos, que abrangem situações incomuns ao longo da via que podem representar sérios riscos à segurança dos usuários. Na comparação com a edição anterior, esses pontos reduziram 7,6%, passando de 2.648 ocorrências, em 2023, para 2.446 neste ano.
Os dados mostram uma redução do número de erosões na pista, de buracos grandes e de quedas de barreiras. No confronto dos resultados dos dois anos, segundo a jurisdição e a gestão, verifica-se que a redução mais expressiva ocorreu nas rodovias federais sob gestão pública (-17,4%). (Com a Agência CNT Transporte Atual)