Neuproteção: como comer bem pode proteger seu cérebro
A- A A+A neuroproteção é uma forma de prevenção dos mecanismos que conduzem à morte dos neurônios – principais células de nosso sistema nervoso. Atua prevenindo o envelhecimento cerebral inerente ao próprio envelhecimento, mas também evitando o aparecimento de doenças neurodegenerativas e minimizando os danos de lesões cerebrais que deixaram sequelas, como é o caso dos AVCs (Acidentes Vasculares Cerebrais – também conhecidos como “derrames”).
E quem pode se beneficiar da neuroproteção? Todas as pessoas, mas especialmente as que têm mais de 50 anos e sobretudo quem apresenta queixas de memória fraca, falta de concentração ou com casos na família de doença de Parkinson ou mal de Alzheimer. Quem sofreu AVC ou tem muitos casos dele na família também será beneficiado, além dos portadores das doenças metabólicas, como a hipertensão e o diabetes, que agem, indiretamente, promovendo danos à função cerebral.
O emprego de neuroprotetores em medicina não é recente. Nossos avós já sabiam extrair da alimentação substâncias úteis para as crianças “crescerem inteligentes”. Conheça algumas na neuroproteção:
Ômega 3: o DHA (ácido docosahexaenoico) é um tipo de ômega 3 que é um excelente alimento para o cérebro. Entre seus benefícios estão a melhora dos processos cognitivos, a estimulação da memória e o correto funcionamento dos neurônios.
Vitamina B12: quem se queixa de falta de memória e indisposição frequente pode estar com déficit de vitamina B12. Ela atua em diversas fases do metabolismo neurológico, aumentando a plasticidade neural e reduzindo sua inflamação e, consequentemente, os processos neurodegenerativos. Quando falamos em níveis ótimos da vitamina B12, estamos mencionando valores superiores a 450 pg/mL.
Progesterona: conhecido por sua predominância na segunda fase do ciclo menstrual das mulheres, esse hormônio tem papel fundamental na neuroproteção. E, sim, homens também precisam de progesterona. Sua falta pode acarretar nervosismo, irritabilidade e insônia tanto em homens quanto em mulheres.
Pregnenolona: um hormônio esteroide produzido através do colesterol. Como neuroprotetor, é utilizado para impulsionar o foco e melhorar a concentração, aumentar a compreensão e o processamento de informações e potencializar a memória. Excelente opção para quem trabalha com grande sobrecarga de informações e para os estudantes de concursos.
Seleginina: potente antioxidante celular, atua inibindo a apoptose das células neurais. Nossas células possuem um mecanismo de autodefesa que se chama apoptose: quando alguma célula do corpo não é mais útil, ela induz a morte celular programada como forma de autoproteção. A seleginina age evitando a apoptose exacerbada pelos processos irritativos e inflamatórios.
Definir a melhor estratégia de proteção do sistema nervoso tem significativa importância na redução e na prevenção de danos neuropsíquicos. Seu médico saberá indicar sua dose individualizada de cada nutriente neuroprotetor. E um fator importante para o sucesso terapêutico é a via de administração, que pode ser oral, por creme transdérmico ou injetável. Esse último exerce papel especial para potencializar os efeitos das suplementações, pois, quando injetamos diretamente no sangue, damos ao organismo a dose necessária, sem as interferências da absorção intestinal. A neuroproteção é um dos pilares da nutrologia que visa à longevidade saudável e à minimização de doenças.
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