Nova ligação entre Brasil e Paraguai

A conclusão da Ponte da Integração, como é chamada a segunda estrutura de ligação entre o Brasil e o Paraguai, está prevista para novembro. No fim de agosto, os presidentes dos dois países, Jair Bolsonaro (PL) e Mário Abdo Benítez, respectivamente, visitaram as obras do elevado, em Foz do Iguaçu (PR). Na ocasião, o governante paraguaio chegou a fazer a travessia até o lado brasileiro.

A construção da ponte, orçada em aproximadamente R$ 463 milhões, está sendo custeada pela Itaipu Binacional, que firmou uma parceria com os governos das duas nações e do Paraná e também é a responsável pelos investimentos em desapropriações e pela criação de uma perimetral que liga a estrutura à BR-277. A obra está sendo executada pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER) do Estado paranaense.

Com 760 m de comprimento e um vão livre de 470 m – o maior da América Latina –, a Ponte da Integração vai conectar Foz do Iguaçu a Puerto Presidente Franco, no lado paraguaio. O elevado terá duas pistas simples de 3,6 m de largura, acostamento de 3 m e calçada de 1,7 m nas laterais. Após a conclusão, ela será administrada pelo governo do Paraná por meio de um convênio de delegação.

Em maio de 2019, os dois presidentes estiveram no local para lançar a pedra fundamental da obra. “Juntos, somamos forças e proporcionaremos dias melhores aos nossos povos. Para nós, como políticos, não existe prêmio maior do que a satisfação do dever cumprido”, disse Bolsonaro na época.

Conexões

Atualmente, Brasil e Paraguai já são ligados pela Ponte da Amizade, inaugurada em 1965, entre Foz do Iguaçu e Ciudad del Este. Embora continue sendo o principal corredor logístico da fronteira, ela está sobrecarregada, uma vez que concentra um intenso tráfego de pessoas e caminhões. Com a inauguração da nova estrutura, que vai receber o transporte de cargas, a antiga se tornará exclusiva para veículos leves e ônibus de turismo.

Uma terceira ligação entre o Brasil e o Paraguai está sendo construída entre Carmelo Peralta e Porto Murtinho (MS), sob a responsabilidade do governo vizinho. A obra também é parcialmente custeada pela Itaipu Binacional e deverá facilitar o escoamento da produção brasileira para os mercados do Oceano Pacífico. (Com a Agência Brasil)