O que você sabe sobre o colesterol?

Pesquisa mostra que brasileiros sabem pouco sobre as atitudes que devem ser tomadas para reduzir as taxas, principalmente, de LDL no sangue

Saúde / 17 de Maio de 2017 / 0 Comentários
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As doenças cardiovasculares ainda são a principal causa de mortes em todo o mundo. E uma pesquisa recente revelou que os brasileiros sabem pouco sobre o colesterol, que está intimamente ligado a essas doenças. O estudo “O que o brasileiro sabe sobre o colesterol”, realizado pelo Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) com o Instituto Ipsos, a pedido da empresa Sanofi, mostrou que a maioria da população não sabe quais seriam as melhores atitudes para controlar o colesterol.

Segundo a pesquisa, 89% têm consciência de que é importante medir as taxas de colesterol, mas apenas 15% conhecem sua taxa de LDL, o colesterol ruim. No lançamento do estudo, o cardiologista Henrique Tria Bianco, do Departamento de Aterosclerose da SBC, disse que os dados refletem uma tendência mundial. “É possível perceber que o colesterol e a importância de seu controle são assuntos que precisam ser reforçados no mundo”, afirmou. “É necessário que o assunto seja cada vez mais divulgado para que as pessoas aprendam a cuidar da própria saúde e atinjam suas metas de colesterol a fim de que mais vidas sejam salvas”, reforçou.


A pesquisa foi realizada de forma on-line nas cinco regiões brasileiras e teve participação de 850 pessoas acima de 25 anos, sendo 53% mulheres e 47% homens.

Afinal, o que é importante saber sobre o colesterol? Existem dois tipos o HDL, considerado o bom, e o LDL, chamado de colesterol ruim. Pode-se dizer que ele é um tipo de gordura, um lipídio, encontrado naturalmente em nosso organismo, sendo fundamental para seu funcionamento. Ele está presente no cérebro, nos nervos, nos músculos, na pele, no fígado, nos intestinos e no coração. Dele depende a produção de vários hormônios, da vitamina D e de ácidos biliares, que ajudam na digestão de gorduras.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, o que o fígado de produz de colesterol corresponde a 70%; os outros 30% vêm da dieta, e é onde mora o perigo. Os principais alimentos que contêm uma significativa quantidade de colesterol são: gema de ovo, bacon ou toucinho, carne de frango com pele, torresmo, manteiga, creme de leite e nata, frituras, salsichas, salame, linguiça e outras carnes de animais.

Quando em excesso, o colesterol é depositado nas paredes das artérias, desencadeando uma arteriosclerose. Se atingir as artérias coronárias, poderá desencadear uma angina e o infarto do miocárdio. Caso ocorra o entupimento das artérias cerebrais, pode acontecer um acidente vascular cerebral (AVC) ou derrame.

A principal dica da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) é manter uma vida saudável: praticar exercícios físicos, não fumar e, principalmente, trocar os alimentos gordurosos por verduras e vegetais.

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) alerta que o colesterol alto é uma doença silenciosa. Sua identificação aparece somente por meio de exames de sangue, que devem ser feitos regularmente.

 ALIMENTAÇÃO

As pessoas que apresentarem taxas elevadas de LDL deverão mudar sua alimentação e passar a manter uma dieta rica em frutas, verduras, legumes e grãos, que evitam o excesso de colesterol no sangue. Quem come mais frutas e legumes na dieta tem risco reduzido de desenvolver várias doenças crônicas. E esses alimentos fornecem ao organismo tudo que é necessário para a nutrição: proteínas, carboidratos, lipídios, vitaminas e sais minerais.

As doenças cardíacas fazem parte do hall de enfermidades que podem ser evitadas com uma alimentação rica em legumes, verduras e frutas. Além delas, estão certos tipos de câncer, a obesidade e o diabetes tipo 2. Frutas e legumes ricos em potássio contribuem para a redução do risco da ocorrência de pressão arterial e do desenvolvimento de pedras nos rins, além de ajudar a diminuir o enfraquecimento dos ossos.

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