Pelo fim da pólio

Rotary realiza caminhada em Contagem para alertar sobre a importância da vacinação contra a poliomielite

Saúde / 06 de Dezembro de 2022 / 0 Comentários
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A erradicação da poliomielite no mundo é o principal propósito do Rotary. Diante da ameaça de que novos casos comecem a surgir mesmo com um esquema vacinal sendo distribuído gratuitamente no Brasil, a entidade está empenhada em mobilizar a população. É isso que o Rotary Club de Contagem tem feito. No fim de outubro, cerca de 80 pessoas participaram da caminhada End Polio Now para conscientizar sobre a importância da vacina.

A organização foi feita pelos Rotary Clubes de Contagem, Rotaract, Interact e Rotary Kids. Segundo os organizadores, o objetivo foi divulgar a vacinação contra a pólio, além de mobilizar doações para o Fundo Polio Plus, da The Rotary Fundation. A fundação já imunizou mais de 2,5 bilhões de crianças em 122 países.

A luta pelo fim da pólio é liderada pela Iniciativa Global de Erradicação da Polio (GPEI), que inclui Rotary, Unicef, Centros dos Estados Unidos para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), Organização Mundial de Saúde (OMS), Fundação Bill & Melinda Gates, além de governos e outros parceiros no mundo inteiro.

Durante a caminhada, os Anjos do Asfalto estiveram presentes e fizeram a aferição de pressão. Para Geraldo Eugênio de Assis, presidente do Rotary Club de Contagem e do Anjos do Asfalto, é importante que diversas entidades da sociedade civil organizada também se unam à causa.

“Fizemos esse evento juntos para mobilizar as pessoas e alertar sobre a disponibilidade e sobre a importância da vacina. Sem dúvida, é uma das maiores causas do Rotary Internacional desde sua criação até hoje. Precisamos nos unir neste momento para que o país consiga voltar aos percentuais mais altos de vacinação contra a pólio e a doença seja totalmente erradicada”, afirmou.

Durante o evento, o Rotary levou o projeto Leitura na Praça, com distribuição de livros para crianças e espaços de leitura. No fim, os presentes foram agraciados com uma apresentação da banda da Guarda Municipal de Contagem. Todo o evento aconteceu na praça do Sol, em frente ao Shopping Contagem.

 

IMUNIZAÇÃO

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) completa 50 anos em 2023 e é considerado uma das políticas públicas em saúde mais bem-sucedidas do país. Isso porque foi responsável pela erradicação de doenças como poliomielite, rubéola, tétano materno e neonatal e varíola. Entretanto, nos últimos anos, as taxas de vacinação caíram, e algumas doenças voltaram ao cenário, colocando o PNI em alerta.

A pólio, também conhecida como paralisia infantil, é uma das que mais preocupam as autoridades sanitárias. É uma doença contagiosa aguda causada por um vírus que vive no intestino, chamado poliovírus. Ele pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes e secreções eliminadas pelos pacientes. Objetos, alimentos, água, gotículas de secreção ao falar, tossir ou espirrar são as principais formas de contágio.

Em casos mais graves, a doença causa paralisias musculares, e os membros inferiores são os mais atingidos. Os principais sintomas, segundo o Ministério da Saúde, são febre, mal-estar, dor de cabeça, dor de garganta e dor no corpo, além de vômitos, diarreia, constipação, espasmos, rigidez na nuca e até mesmo meningite. A pólio não tem tratamento específico. As pessoas infectadas devem ser hospitalizadas com urgência para receber tratamento pelos sintomas manifestados. O risco é que a doença gere infecção na medula e no cérebro, com sequelas motoras.

A vacinação é a única forma de prevenção da doença. O esquema ofertado hoje pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil é de três doses da vacina injetável (aos 2, 4 e 6 meses de vida) e duas doses de reforço com a vacina oral bivalente, a famosa gotinha.

A meta de vacinação para 2022, segundo o Ministério da Saúde, era 95% do universo de 14,3 milhões de crianças menores de 5 anos no Brasil. No entanto, até o início de novembro, a taxa de cobertura vacinal contra a pólio ainda estava em torno de 60% mesmo com repetidos alertas.

A partir de campanhas feitas pelo Ministério da Saúde e também por entidades mundiais como o Rotary, mães, pais e responsáveis podem levar as crianças a qualquer posto de saúde (unidade básica de saúde) para tomar a vacina e regularizar o cartão caso seja necessário.

Pelo mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a incidência da doença reduziu muito nos últimos anos. Atualmente, a maior parte dos casos se concentra no Afeganistão e no Paquistão, onde a doença é considerada endêmica. Neste ano, dois casos foram contabilizados em Israel e nos Estados Unidos. Segundo informação da OMS, enquanto a doença circular no mundo, ainda haverá possibilidade de reinfecção. Por isso, a importância levantada pelo Rotary de erradicação da pólio. (Com Agência Brasil)

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