Prioridade para 
caminhoneiros

Caminhoneiros de 18 a 59 anos foram incluídos nos grupos prioritários da 25ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, que teve início em 10 de abril e se estenderá até 31 de maio. É necessário comprovar o exercício efetivo da função de motorista profissional do transporte rodoviário de cargas. Já aqueles que tiverem 60 anos ou mais se enquadram no grupo dos idosos, que também está sendo convocado para receber o imunizante.

Motoristas e cobradores do transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso são outra categoria incluída na campanha após um pedido feito pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) ao Ministério da Saúde, segundo a entidade. “O objetivo da CNT ao solicitar a inclusão dos profissionais do transporte no grupo prioritário é proteger a população contra as formas mais graves da influenza e diminuir a cadeia de transmissão dessa doença respiratória, uma vez que esses profissionais são fundamentais para o funcionamento do país”, afirmou a confederação.

Ainda de acordo com a instituição, para contribuir com a iniciativa federal, o Sistema CNT colocou as 161 unidades operacionais do Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest/Senat) à disposição do Executivo nacional como pontos de vacinação para a campanha em todo o país.

Proteção

Os caminhoneiros estão recebendo a dose trivalente da vacina, que protege contra as principais cepas do vírus da gripe. O imunizante é produzido pelo Instituto Butantan de forma escalonada, à medida que a campanha vai avançando. Todos os anos, a formulação da vacina é alterada com o objetivo de tornar a dose efetiva na proteção contra as cepas que circularam no país no ano anterior.

Uma dúvida comum que vem sendo esclarecida pelo Ministério da Saúde é em relação à aplicação da vacina contra a gripe junto a outros imunizantes. De acordo com a pasta, ela pode, sim, ser tomada com qualquer outra do Programa Nacional de Imunização, inclusive as da Covid-19.

Adesão
O governo federal vem salientando a importância das mais de 80 milhões de pessoas que fazem parte do público-alvo da ação procurarem uma unidade de saúde. No ano passado, 68% da meta de vacinação foi alcançada durante a campanha. Para 2023, a expectativa da União é chegar a ao menos 90%, principalmente em função do avanço dos casos de gripe registrados nos últimos anos. Com a imunização, o objetivo é evitar complicações e as mortes decorrentes da doença, sobretudo nos pacientes que apresentam maiores riscos.

Conforme consta em levantamento do Ministério da Saúde, em 2021 7.200 pessoas manifestaram gravidade, e 901 óbitos causados pela influenza foram registrados no país. Em 2022, esses números saltaram para 12.169 e 1.612, respectivamente. Somente neste ano, até 11 de abril, já haviam sido confirmados 1.300 casos graves da doença e 87 vítimas.