Prontos para ajudar
Anjos do Asfalto completam 10 anos salvando vítimas de acidentes nas estradas mineiras. Um trabalho que faz toda a diferença
A- A A+Não seja imprudente ao volante. Essa é a máxima para que os acidentes automobilísticos não aconteçam. No entanto, é certo que algumas estradas também são coeficientes para tragédias, isso porque a falta de sinalização e precariedade de algumas rodovias, principalmente de Minas Gerais, levam carros a derraparem, colidirem e caírem por ribanceiras.
O trecho da BR-381 entre Belo Horizonte e João Monlevade é considerado um dos piores das estradas mineiras. Devido ao grande número de curvas, trânsito intenso de caminhões e péssima manutenção da via, os acidentes, infelizmente, são frequentes, o que o torna trecho conhecido como Rodovia da Morte. Segundo a organização não governamental Anjos do Asfalto, quando chove, o risco de acidentes na via aumenta, pois a pista se torna escorregadia. “O excesso de curva faz com que alguns veículos, ônibus e caminhões, com tanque cheio, derramem óleo e combustível no asfalto, tornando a estrada ainda mais perigosa”, afirma Marcus Campolina, presidente da ONG.
Quando há acidentes nessas e em outras circunstâncias, os Anjos do Asfalto realizam um trabalho voluntário intensivo no trecho entre Belo Horizonte e Monlevade. Em situações de emergência e urgência, o resgate ágil de vítimas de acidentes dos voluntários participantes da ONG é fundamental. Além de socorrer acidentados nas estradas, os voluntários realizam um trabalho de conscientização, por meio de palestras sobre acidentes. “Entre os 19 integrantes dos Anjos do Asfalto, a maioria é da área da saúde. Mas todos, obrigatoriamente, possuem curso de primeiros socorros, entre outros cursos necessários à prática de salvamento”, destaca Campolina.
“Auxiliamos na resposta imediata aos acidentes que acontecem no trecho denominado Rodovia da Morte. Diante da dificuldade das equipes de resgate oficiais (Bombeiros e Samu), geralmente chegamos ao local antes deles. E também em razão da grande demanda na capital, essas equipes ficam sobrecarregadas. Somos apoiadores das equipes oficiais, em momento algum queremos substituí-los. Como o trecho é sinuoso, a chegada rápida deles é difícil quando ocorre algum acidente. Ficamos em um ponto estratégico. Além disso, quando o acidente envolve várias vítimas, colocamos-nos à disposição para ajudar as equipes oficiais. Agradecemos aos Bombeiros e ao Samu pela compreensão e pela aceitação em podermos ajudar a salvar vidas e à Polícia Rodoviária Federal (PRF) pelo apoio na prestação de sinalização e respeito ao nosso trabalho”, destaca Marcus Campolina.
O trabalho de resgatar vidas feito pelos Anjos do Asfalto é totalmente voluntário e para manter-se a ONG depende de doações de empresas e ajuda das pessoas que acreditam no trabalho deles. “Comercializamos camisas para ajudar nas despesas e quem desejar pode contribuir com doações de material hospitalar ou até mesmo financeiramente, com depósito na conta da associação. Aproveitamos a oportunidade para agradecer aqueles que nos apoiam há anos: Sindicato dos Cegonheiros de Minas Gerais, Revistas MAIS e ENTRE-VIAS, Deputado Cabo Júlio, Tia Eliana, Hotel Tauá e Retífica Nossa Senhora Aparecida”, ressalta Campolina.
Interessados em ajudar o trabalho dos Anjos do Asfalto podem realizar depósito na conta:
Caixa Econômica Federal | Agência: 0093 | Conta: 718-0 | Op.: 003.
AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião de Revista Entrevias. É vedada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. Revista Entrevias poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.