Reforma tributária na pauta
Deputados promovem 22º Seminário Brasileiro do Transporte Rodoviário de Cargas, e setor reivindica mudanças no texto da PEC
A Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados promoveu, no fim de junho, o 22º Seminário Brasileiro do Transporte Rodoviário de Cargas.
A Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados promoveu, no fim de junho, o 22º Seminário Brasileiro do Transporte Rodoviário de Cargas. Deputados e representantes do setor se reuniram e defenderam, principalmente, que a reforma tributária contemple medidas específicas do do transporte rodoviário de cargas.
Segundo dados da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), o modal rodoviário é responsável por 61% da movimentação de cargas no país. Ou seja, tudo que é produzido e consumido no Brasil passa por esse tipo de transporte.
Por isso, empresas reivindicam alíquota reduzida do novo imposto sobre bens e serviços (IBS) para os diferentes modais do transporte - rodoviário, aquaviário, ferroviário e aéreo. O imposto está sendo criado na reforma tributária (Proposta de Emenda Constitucional 45/19 e 110/19), discutida na Câmara dos Deputados.
O presidente da Comissão de Viação e Transportes, deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP), disse durante o evento que o setor precisa de apoio governamental para se desenvolver. “O empregador tem de estar bem e, para isso, o governo federal tem de contribuir para as regulamentações e também para aquilo que compete a ele subsidiar”, afirmou.
O deputado federal Diego Andrade (PSD-MG), que é vice-presidente da Frente Parlamentar Mista de Logística, disse que haverá crescimento da informalidade se a reforma tributária aumentar a carga sobre o setor de transportes. “É preciso ter uma carga diferenciada para o setor de transporte, sim, possivelmente bem mais reduzida”, defendeu.
Já o deputado Leônidas Cristino (PDT-CE) frisou ser importante um maior investimento na construção de rodovias. “Desde 1995, praticamente, não teve nenhum plano de melhoria, de qualificação e ampliação das nossas rodovias”, disse.
Setor
O presidente da CNT, Vander Costa, afirmou que a reforma tributária é essencial para o país voltar a crescer e classificou os combustíveis como o principal insumo das transportadoras para que haja atenção especial a esse ponto. O texto em análise na Câmara, segundo ele, não é claro sobre a possibilidade de creditamento. “Se o transporte de cargas vier sem crédito de mão de obra e sem crédito de combustível, não vamos ter crédito de nada. Vai haver aumento de carga tributária”, afirmou Vander Costa.
Representantes do segmento lembram que o aumento da carga tributária para as empresas se reflete diretamente no frete, e, consequentemente, os efeitos inflacionários caem em toda a economia.
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