Renovado e majestoso
Novo contrato de concessão da Dutra e Rio-Santos é assinado e se consolida como o maior da história do país
A- A A+O novo contrato de concessão das rodovias Presidente Dutra e Rio-Santos (BR-116/RJ/SP) foi assinado, em 4 de março, pelo Grupo CCR, vencedor dos leilões – e que já operava a Via Dutra. Durante os 30 anos de gestão da iniciativa privada, o trecho concedido deverá receber R$ 14,8 bilhões em investimentos.
O lote leiloado tem 625,8 km de extensão total e liga as regiões metropolitanas de São Paulo e do Rio de Janeiro, além de fazer parte da conexão entre o Nordeste e o Sul do país. Entre as melhorias previstas no contrato está a ampliação da via na Serra das Araras com a construção de uma nova pista, permitindo quatro faixas de rolamento em cada sentido mais os acostamentos. Ao todo, serão 590 km de faixas adicionais (557 km apenas na Dutra), 144 km de vias marginais e 80,1 km de duplicações.
Está prevista ainda a implementação de 2,6 km de túneis, 128 passarelas, ao menos 535 pontos de ônibus, quatro pontos de parada e descanso para caminhoneiros (três na Dutra e um na Rio-Santos) e 59 corredores para passagens de animais. O projeto inclui dez praças de pedágio ao longo de todo o trecho concedido, com aplicação de desconto na tarifa para os usuários frequentes e isenção para os motociclistas (benefício inédito em uma concessão rodoviária no país).
“Se nós tivéssemos prorrogado o contrato e simplesmente atualizado a tarifa pelo IPCA [Índice de Preços ao Consumidor Amplo], o deslocamento Rio-São Paulo sairia por R$ 70, mas ele vai ser feito por R$ 50, e quem tiver a tag [de pedágio] vai pagar 5% a menos, R$ 47”, disse o então ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas – ele deixou o cargo no fim de março para concorrer ao governo de São Paulo nas próximas eleições.
Outra intervenção planejada é o monitoramento completo da Via Dutra com câmeras automáticas para a identificação de incidentes, além da passagem de veículos sem necessidade de parada em pontos de pedágio em Guarulhos (SP).
Reação em cadeia
Os canteiros de obras que serão abertos nas duas rodovias daqui pra frente devem gerar 218,7 mil postos de trabalho direto, indireto e efeito-renda ao longo do contrato de concessão. De acordo com o Ministério da Infraestrutura, as vagas estão diretamente relacionadas às intervenções e às atividades de apoio às obras, que vão impactar os moradores dos 33 municípios paulistas e fluminenses próximos às BRs 101 e 116.
Na região metropolitana de São Paulo, serão alocados R$ 1,4 bilhão para transformar o trânsito e facilitar o acesso ao aeroporto de Guarulhos. Estão previstos 366 km de terceira e quarta faixas; 10 km de novas marginais; seis novas alças de acesso às rodovias Helio Smith e Fernão Dias, bem como à ponte do Tatuapé; e 12,6 km de faixa reversível. Também estão programados mais de 100 km de vias marginais junto aos municípios ao longo da Dutra.
Espera-se que as melhorias reduzam o tempo de viagem entre o aeroporto internacional de São Paulo e a capital do Estado dos atuais 37 minutos na via marginal para 22 minutos. Na Via Expressa, a estimativa é que o deslocamento dure somente 14 minutos. (Com a Agência Brasil)
AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião de Revista Entrevias. É vedada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. Revista Entrevias poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.