Reunião esclarece dúvidas sobre o Anel de Integração do Paraná
Modelo de concessão foi detalhado em encontro realizado na sede da Fiep. Atualmente em fase de audiências públicas, projeto está previsto para ir a leilão no fim do ano.
A- A A+Com leilão previsto para o fim deste ano, a concessão do novo Anel de Integração do Paraná foi pauta de uma reunião realizada na sede da Federação das Indústrias do Estado (Fiep) no fim de janeiro último. O encontrou contou a participação de representantes do setor produtivo, do governo estadual, do Ministério da Infraestrutura (Minfra) e de deputados federais paranaenses.
Por se tratar de um novo planejamento – com um incremento de 834 km no traçado original –, ele vinha gerando dúvidas na população, o que motivou a reunião na Fiep, que teve transmissão on-line.
O projeto – atualmente em fase de audiências públicas – abrange 3.327 km de rodovias federais e estaduais e prevê um pedágio até 70% menor do que o cobrado hoje em dia (os usuários frequentes e os que aderirem à cobrança automática por tag terão os maiores descontos).
“As tarifas levadas a leilão já serão mais baixas que as atuais, com um valor justo para remunerar os investimentos. Ainda será permitido um deságio tarifário, e, caso haja empate, o critério de desempate será feito via outorga, até para termos uma garantia de que a empresa que está disputando tenha condições de manter o contrato”, adiantou a secretária de Fomento, Planejamento e Parcerias do Minfra, Natália Marcassa.
Além do menor valor de pedágio, será levado em conta o menor valor de outorga. Ou seja, trata-se de um modelo híbrido de concessão, que também privilegia a celeridade das obras, que deverão ser entregues em até sete anos, no início da vigência do contrato de três décadas assinado com o governo federal. A previsão é que sejam investidos R$ 42 bilhões no empreendimento.
Finalizada a etapa das audiências públicas, o esboço do Anel de Integração do Paraná será ajustado, passará pela análise do Tribunal de Contas da União e, então, seguirá para leilão na Bolsa de Valores.
Detalhes
Os novos traçados do projeto continuam divididos em seis lotes, mas, agora, com desenhos diferentes, que incluem rodovias antes não contempladas, como a PR-323, no Noroeste, a PR-280, no Sudoeste, e a PR-092, no Norte Pioneiro. “A malha que desenhamos é muito importante porque atende grande parte do setor produtivo do Estado. Caso alguma das rodovias seja retirada do traçado, aquela região ficará prejudicada”, disse Natália.
“Nós, enquanto setor produtivo, queremos tarifa justa, garantia de execução das obras e ampla transparência em todo o processo. A melhor alternativa tem que ser conquistada com o que precisamos. Nós queremos viabilidade”, afirmou o presidente do Sistema Ocepar (organização de cooperativismo paranaense) e do G7 (grupo que reúne as principais entidades do setor produtivo do Paraná), José Roberto Ricken, durante a reunião na Fiep.
O cronograma de intervenções a serem realizadas pela concessionária vencedora do pregão inclui a duplicação de mais de 1.700 km de pistas e a criação de 253 km de faixa adicional em trechos já duplicados e de 104 km de terceira faixa para apoio ao trânsito. Também estão previstas a construção de dez contornos para facilitar a integração entre as rodovias e a implantação de sinal Wi-Fi em todos os trechos das estradas. (Com a Agência de Notícias do Paraná)
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