Risco na internet

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) encontrou mais de 17 mil irregularidades na venda on-line de produtos para a saúde. O número é resultado de um levantamento preliminar feito entre dezembro de 2021 e fevereiro deste ano com o objetivo de reduzir as ameaças do mercado virtual.

Segundo a Anvisa, a utilização desses itens coloca os usuários em risco. “Portanto, as ações para coibir a comercialização desses produtos são extremamente importantes para assegurar a proteção da saúde da população”, completa o órgão.

O rastreio das irregularidades é feito a partir dos termos mais relevantes usados nas buscas na internet. Em seguida, uma ferramenta de inteligência artificial, utilizada em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), identifica os potenciais anúncios irregulares. O site em que é feita a divulgação é notificado, e a retirada do ar é solicitada. O responsável pelo site pode entrar em contato com a Anvisa para prestar os esclarecimentos necessários.

De acordo com a agência, são considerados produtos irregulares aqueles que não oferecem as garantias de eficácia, segurança e qualidade exigidas para registro na vigilância sanitária, como os falsificados, os furtados, os roubados e os contrabandeados cuja propaganda é considerada inadequada. Há também os itens que descumprem os parâmetros de qualidade e apresentam alterações de aspecto, cor, odor, sabor, volume ou presença de corpo estranho.

O setor de saúde acompanhou o crescimento das vendas on-line durante a pandemia. A estimativa é que o e-commerce tenha crescido 36% na América Latina em 2020. Isso significa que mais de 7 milhões de brasileiros foram às compras na web pela primeira vez durante a crise sanitária provocada pela Covid-19.

Proteja-se

A internet permite o acesso a uma grande variedade de produtos, mas também oferece risco de fraudes de toda natureza. Para sanar esses riscos, a Serasa Ensina emitiu um alerta com dicas para que as compras on-line sejam feitas de forma segura.

primeira delas é verificar se o site onde vai fazer a compra é confiável e seguro. Na barra do endereço, verifique se há um cadeado. Ele indica que o protocolo de segurança é aplicado e o ambiente é seguro. O protocolo HTTPS – de segurança – indica que aquele endereço eletrônico não pode ser interceptado por terceiros e que os seus dados estarão protegidos.

Em caso de produtos ligados à área de saúde, como medicamentos, emagrecedores, chás e afins, certifique-se de que eles tenham sido indicados por um profissional especialista. Depois, dê preferência a marcas que já são conhecidas. Para garantir ainda mais a segurança, é importante acessar links confiáveis.

Se encontrar preços muito baixos e ofertas de eficácia fora da realidade, é melhor fugir. Uma dica importante é buscar no site Reclame Aqui a reputação do site ou da marca.

Outra recomendação da Serasa Ensina é ficar atento ao compartilhar informações pessoais. Formulários de pagamento na internet devem solicitar dados estritamente necessários, como nome, endereço, CPF e informações do pagamento. Nunca compartilhe a senha do cartão, por exemplo. Cuidado também com aquelas empresas que solicitam o pagamento antecipado e fora do ambiente do e-commerce.

Não se esqueça de avaliar a política de troca da loja. O Código de Defesa do Consumidor garante sete dias de prazo até mesmo em caso de arrependimento da compra.