Rodoanel mais perto

Governo de Minas enumera uma série de terrenos que poderão ser desapropriados para a construção do tão esperado Contorno Metropolitano

Estradas / 22 de Fevereiro de 2021 / 0 Comentários
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Terrenos da região metropolitana de Belo Horizonte foram declarados de utilidade pública e serão desapropriados para a construção do Rodoanel Metropolitano. Mais de 58 milhões de metros quadrados de área foram elencados no Diário Oficial do Estado em janeiro.

O projeto da obra prevê a construção de quatro alças no contorno de Belo Horizonte para tirar o tráfego de caminhões pesados do Anel Rodoviário. O edital de licitação ainda será publicado e aberto para consulta pública, segundo informações da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra).

“O Rodoanel surge com o objetivo de capturar o fluxo de travessia da região metropolitana. Com esse novo contorno viário, a região vai ter ganhos como segurança no trânsito e fluidez na mobilidade urbana”, afirmou o titular da pasta, Fernando Marcato.

A previsão é que os recursos para a obra sejam provenientes de um acordo firmado entre o governo de Minas e a mineradora Vale como reparação pelos danos causados pelo rompimento da barragem em Brumadinho, em janeiro de 2019.

Ocorrências

Estudos feitos pela administração estadual mostram que o Rodoanel Metropolitano vai contribuir para a redução de cerca de mil acidentes por ano e será um importante corredor logístico.

A construção da nova via deve gerar cerca de 10 mil empregos diretos e indiretos e reduzir os custos com carga e escoamento de produção, como os da soja, do milho, do minério e do ferro-gusa. O projeto prevê cerca de 100 km de extensão de pistas fazendo a ligação entre diferentes regiões do país.

O Rodoanel terá como papel primordial desviar o tráfego hoje concentrado no Anel Rodoviário. A via corta a capital mineira e, há décadas, apresenta sinais de estrangulamento e impossibilidade de ampliação. Além disso, os congestionamentos diários acarretam atrasos no deslocamento, e os registros dão conta de mais de 5.000 acidentes por ano.

No fim de 2020, a Seinfra concluiu uma rodada de sondagem de mercado para verificar o interesse das empresas na obra do novo contorno. Entre os pontos analisados por companhias de todo o mundo, a atratividade foi um dos destaques.

Participaram do levantamento empresas sediadas nos Emirados Árabes, em Singapura, na França, na Espanha e no Brasil. Também foram avaliados aspectos como riscos ambientais e sociais, demanda e sistema de pedágio.

Os mesmos impactos foram analisados no fim de janeiro, durante uma reunião entre Marcato e a prefeita contagense, Marília Campos (PT). A preocupação, nesse caso, era com a represa Vargem das Flores, que abastece Contagem, Betim e parte de Belo Horizonte, municípios por onde o Rodoanel vai passar.

Traçado

Os estudos para a construção do Contorno Metropolitano foram iniciados nos anos 70, já com a proposta de reordenar o tráfego na Grande BH. O projeto foi refeito por várias vezes e, atualmente, inclui 15 municípios.

A expectativa é que o Rodoanel tenha duas faixas em cada pista e comporte o tráfego de 32 mil veículos diariamente. O projeto propõe a criação de quatro alças e o entroncamento com as BRs 040, 262 e 381.

A alça Norte vai ligar a BR-381 à LMG-806 na saída para o Vale do Aço, em Ribeirão das Neves. Já a alça Sul conectará a LMG-806 à BR-381 na saída para São Paulo. Esse mesmo acesso será ligado à MG-040 em Ibirité pela alça Sudoeste. A alça Sul vai de Ibirité até a BR-040, na saída para o Rio de Janeiro.


 

 

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