Sob análise
Plano de Outorga da BR-116/RJ/MG e da BR-465/493/RJ foi enviado pela ANTT ao TCU para ser avaliado. Projeto prevê a concessão de 724,8 km de rodovias por três décadas.
A- A A+A análise do Plano de Outorga e das minutas de edital e contrato de concessão do Sistema Rodoviário Rio de Janeiro – Governador Valadares está em andamento no Tribunal de Contas da União (TCU). Os documentos foram enviados ao órgão pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) após a aprovação do Ministério da Infraestrutura no fim de junho último.
O projeto de concessão compreende 724,8 km de rodovias – sendo 534,5 km de pista simples e 190,3 km de pista dupla – que compõem a única rota disponível para se contornar a Baía de Guanabara a partir da capital fluminense, permitindo o acesso à região dos Lagos, ao Norte do Estado, e às regiões Norte e Nordeste do país.
“O objetivo é melhorar o nível do serviço ofertado, assegurando maior fluidez e confiabilidade, bem como garantir a segurança do transporte de carga e de passageiros, reduzindo a ocorrência de acidentes, o tempo de viagem e o custo logístico”, afirma a ANTT, destacando que o trecho, que faz a ligação entre o território carioca e Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, é estratégico pela extensão e pelo volume de tráfego.
O Plano de Outorga prevê algumas inovações para o pregão, como critério híbrido de julgamento (menor tarifa + maior outorga); tarifa diferenciada para pista dupla e pista simples; desconto de 5% para usuários de dispositivos de pagamento eletrônico; pontos de parada para caminhoneiros; e estoque de melhorias, com a possibilidade de execução de obras ao longo da concessão.
Mudanças planejadas
De acordo com a ANTT, a previsão é que sejam investidos R$ 9,01 bilhões na BR-116/RJ/MG e na BR-465/493/RJ. Já os custos operacionais estão estimados em R$ 8,27 bilhões. Ao longo de 30 anos de concessão, deverão ser gerados 137.950 empregos diretos, indiretos e de efeito-renda.
Entre as principais intervenções previstas pelo Programa de Exploração da Rodovia estão 309,52 km de obras de duplicação; 245,32 km de faixas adicionais; 61,32 km de vias marginais; 28 dispositivos em desnível; 775 melhorias de acessos; 65 passarelas; e 68 passagens de fauna; bem como a implantação de iluminação inteligente em toda a extensão das rodovias BR-465/RJ, BR-493/RJ e nos trechos críticos da BR-116/RJ, incluindo a serra de Teresópolis, que contará também com três áreas de escape.
Depois de ser concedido à iniciativa privada, o Sistema Rodoviário Rio de Janeiro – Governador Valadares deverá ter 12 praças de pedágio: dez na BR-116 (sendo sete em território mineiro e três no Estado vizinho) e duas na BR-493 (RJ).
O trecho de 142,5 km da BR-116 entre Além Paraíba, na Zona da Mata, e Teresópolis, na região serrana fluminense, no entroncamento com a BR-040/RJ, foi concedido à Concessionária Rio-Teresópolis em 1995 por um prazo de 25 anos ainda na primeira etapa do Programa de Concessão de Rodovias Federais.
No ano passado, o projeto da nova concessão foi objeto da Audiência Pública nº 11/2020, com três sessões virtuais e extensa participação social, de acordo com a ANTT. Durante o período disponibilizado, 189 manifestações foram protocoladas, compreendendo 656 contribuições válidas analisadas pela equipe técnica da agência.
AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião de Revista Entrevias. É vedada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. Revista Entrevias poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.