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Campanha Maio Amarelo busca combater elevados números de mortos e feridos no trânsito e chama a atenção para a responsabilidade dos condutores nos acidentes
A- A A+Anualmente, milhares de pessoas morrem no trânsito brasileiro – estimativas dão conta de que o total de vítimas passa de 40 mil –, e outras milhares ficam feridas. Muitas delas precisam lidar o resto da vida com sequelas decorrentes de colisões e atropelamentos. Por causa dessas estatísticas, no próximo mês, o país dará início a mais um movimento Maio Amarelo, ação coordenada entre o poder público e a sociedade civil que envolve órgãos de governos, empresas, entidades de classe, associações e federações para discutir o assunto e realizar ações visando à redução do alto índice de óbitos no Brasil.
No ano passado, em Minas Gerais, a terceira edição da campanha – que já acontece em 23 países de cinco continentes – teve mais de 200 ações coordenadas pelo Observatório Nacional de Segurança Viária. O edifício Gerais, da Cidade Administrativa (sede do governo do Estado), ganhou uma iluminação especial, em formato de laço amarelo. O prédio do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG), no bairro Funcionários, em Belo Horizonte, também foi iluminado com a cor alusiva ao movimento.
Durante o mês, blitzen educativas, palestras em escolas, intervenções em vias públicas e iluminação de outros prédios públicos também marcaram a campanha. Já o cronograma de atividades deste ano não havia sido finalizado até o fechamento desta edição, de acordo com a assessoria de imprensa do Detran-MG.
Alerta vermelho
Em 2016, o movimento Maio Amarelo lançou a hashtag “#eusou+1 por um trânsito mais humano”. Em 2017, o tema da campanha será “#MinhaEscolhaFazADiferença”, com o propósito de chamar a atenção dos condutores para a responsabilidade de cada um nos acidentes, seja pelo uso do celular ao volante, seja pelo consumo de bebida alcoólica antes de assumir a direção ou pelo excesso de velocidade, por exemplo.
Conscientizar a população sobre a segurança é uma das estratégias para a redução da violência no trânsito. O Brasil ocupa o quinto lugar no ranking mundial de mortes, ficando atrás apenas de Índia, China, Estados Unidos e Rússia e à frente de Irã, México, Indonésia, África do Sul e Egito. Juntos, esses dez países respondem por 62% das mortes no trânsito registradas no mundo, de acordo com levantamento da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Em função dos números alarmantes, a Assembleia-Geral das Nações Unidas editou uma resolução, em março de 2010, definindo o período de 2011 a 2020 como a Década de Ações para a Segurança no Trânsito. Estimativas da OMS apontam para a morte de 1,9 milhão de pessoas no trânsito em 2020 – o que tornará esses acidentes a quarta maior causa de morte mundial se nada for feito – e de 2,4 milhões de pessoas em 2030.
Segundo a OMS, a situação é ainda mais grave nos países de média e baixa rendas (a exemplo do Brasil), pois eles concentram 90% das mortes no trânsito. Por outro lado, essas nações possuem menos da metade dos veículos do planeta (48%), o que indica o alto risco de se conduzir um veículo – sobretudo, motocicletas – nessas localidades.
Agenda
De 8 a 14 de maio, o Observatório Nacional de Segurança Viária realizará a 4ª Semana Mundial de Segurança, programada pela Organização das Nações Unidas (ONU). Em 2017, o tema será “Salve vidas, reduza a velocidade”. Conforme foi informado pelo diretor-presidente do observatório, José Aurélio Ramalho, a velocidade excessiva é uma das principais razões das lesões e mortes no trânsito, estando relacionada a mais da metade dos acidentes fatais em países emergentes.
Fique por dentro
A campanha Maio Amarelo é realizada anualmente neste mês porque foi em maio, há sete anos, que a ONU decretou a Década de Ações para a Segurança no Trânsito. Também é no quinto mês do ano que acontece a Semana Mundial de Segurança do Pedestre, chamada de “Campanha Zenani Mandela”, em homenagem à bisneta de Nelson Mandela, morta em um acidente automobilístico logo após a cerimônia de abertura da Copa do Mundo na África do Sul, em 2010.
Já a cor amarela é uma referência ao sinal de atenção indicado nos semáforos. O símbolo da campanha é um laço amarelo, o mesmo do Outubro Rosa (de conscientização do câncer de mama) e do combate à Aids, justamente para mostrar que o alto índice de acidentes com mortes assemelha-se a uma epidemia.
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