Verba extra para socorrer rodovias
Governo federal destina mais de R$ 400 milhões à reparação de estradas danificadas pelas chuvas em 14 Estados. Minas receberá quase um terço dos recursos.
A- A A+As fortes chuvas que atingiram vários Estados brasileiros no fim de 2021 e no início deste ano provocaram mortes, deixaram pessoas desabrigadas e desalojadas e danificaram severamente inúmeras rodovias. Para recuperar as estradas federais, o Executivo nacional abriu um crédito extraordinário de R$ 418 milhões para o Ministério da Infraestrutura (Minfra) por meio da Medida Provisória nº 1.097, publicada na edição de 21 de janeiro do “Diário Oficial da União”.
O montante será direcionado às regiões Sudeste (R$ 191 milhões), Norte (R$ 133 milhões), Nordeste (R$ 58 milhões) e Centro-Oeste (R$ 36 milhões). Desde o anúncio da decisão, equipes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) vêm realizando um trabalho de campo para identificar danos e definir prioridades nas obras de restauração, de acordo com o Minfra.
“A verba terá aplicação imediata em locais onde o nível da água começou a abaixar e as obras podem começar. O diagnóstico apontou os Estados a serem beneficiados: Acre, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e Tocantins”, informou a pasta.
Nesses locais, a prioridade será dada à restauração das BRs comprometidas por enxurradas em trechos de maiores declives, inundações de rios urbanos parcialmente canalizados, alagamentos em áreas rebaixadas com drenagem insuficiente e deslizamentos de terra pontuais. Detentor da maior malha rodoviária do país, Minas Gerais é o ente federativo que receberá a maior fatia dos recursos: 28,7%.
Reforço
No fim de dezembro passado, o governo federal também disponibilizou um crédito extra para que o Dnit realizasse a reconstrução de rodovias danificadas pelas chuvas em cinco Estados: Amazonas, Bahia, Minas Gerais, Pará e São Paulo. Foram destinados R$ 200 milhões ao reforço de contratos existentes e aos emergenciais, priorizando os trechos que fazem ligações com importantes centros logísticos e de escoamento via terrestre, atingindo diretamente milhares de usuários.
Segundo o Minfra, o volume elevado de chuvas registrado no fim do ano provocou quedas de barreiras e árvores, erosões que afetaram pistas e danos em cabeceiras de pontes, como as que passam sobre os rios Buranhém e Jucuruçu do Norte (BA). “Em algumas localidades, as águas passaram sobre as rodovias, deixando lama e estragos nas superfícies, impedindo o tráfego ou restringindo a passagem de veículos leves”, destacou a pasta.
Um ciclone extratropical formado na costa Sul do Brasil foi uma das causas dessas chuvas intensas. Houve registros de volumes pluviométricos de até 450 mm, que castigaram principalmente o Sul da Bahia e o Nordeste de Minas. Dezenas de municípios baianos e mineiros tiveram a situação de emergência decretada pelos governos estaduais.
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